terça-feira, 22 de abril de 2008

confissão

Aborreço-te muito.
Em ti há qualquer coisa
De frio e de gelado, de pérfido e cruel,
Como um orvalho frio no tampo duma lousa,
Como em dourada taça algum amargo fel.

Odeio-te também.
O teu olhar ideal
O teu perfil suave, a tua boca linda,
São belas expressões de todo o humano mal
Que inunda o mar e o céu e toda a terra infinda.

Desprezo-te também.
Quando te ris e falas,
Eu fico-me a pensar no mal que tu calas
Dizendo que me queres em íntimo fervor!

Odeio-te e desprezo-te.
Aqui toda a minh’alma
Confessa-to a rir, muito serena e calma!

…………………………………………………….
.Ah, como eu te adoro, como eu te quero, amor!…

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